Antimatéria

Anti-núcleos provenientes de galáxias de anti-matéria quando em contacto com os núcleos da atmosfera terrestre, aniquilam-se, desaparecendo. Daí a ideia de colocar um detector no espaço, capaz de os detectar. Se esse detector for um espectrómetro magnético, poderá medir a carga eléctrica, o momento linear e a trajectória das partículas, permitindo distinguir entre núcleos e anti-núcleos provenientes dos confins do Universo.

Cada tipo de partícula subatómica possui uma anti-partícula de massa idêntica mas com propriedades eléctricas e magnéticas opostas. A existência de anti-partículas foi prevista em primeiro lugar pelo físico britânico Paul Dirac, que notou que tanto na Teoria da Relatividade como na Teoria da Mecânica Quântica existe uma simetria completa entre partículas e anti-partículas.

Em 1936 o Prémio Nobel da Física foi atribuido a Carl Anderson pela descoberta do positrão - a anti-partícula do electrão - confirmando as previsões de Dirac.

Dada a existência de anti-partículas, pensa-se que também devem existir anti-estrelas e anti-galáxias, i.e. estrelas e galáxias constituídas por anti-matéria.

Actualmente existem provas experimentais a favor da Teoria do Big-Bang que descreve a origem do Universo. No entanto esta teoria requer que a matéria e a anti-matéria fossem igualmente abundantes logo após o "Big-Bang". Consequentements, hoje em dia, 15 a 20 mil milhões de anos após o "Big-Bang", o Universo deveria ser parcialmente constituido por anti-matéria.

Resultados experimentais excluem a presença de anti-matéria em grandes quantidades a distâncias inferiores a 10Mpc (10 Megaparsec) da Terra. No entanto, a distâncias longínquas, podem haver estrelas, galáxias e enxames de galáxias completamente constituidos por anti-matéria.

1 pc = 1AU/1arc sec=150000000km
onde AU significa Unidade Astronómica, que corresponde à distância Terra-Sol.