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O CERN, o LIP e a física de partículas no Ciência 2022

LIP-ECO | 23 Maio, 2022

"O impacto do CERN, do LIP e da física de partículas foram discutidos no primeiro dia do Encontro Ciência 2022, em duas apresentações de investigadores do LIP na sessão ´Ciências do Espaço´"


O Encontro Ciência 2022 teve início no dia 16 de Maio, dia nacional do cientista (e aniversário de José Mariano Gago). A efeméride foi celebrada na sessão plenária de abertura "Construir o futuro com Ciência”.

Cerca das 11h30 teve início o primeiro conjunto de sessões temáticas — ao todo, oito em paralelo — entre elas a sessão intitulada “Ciências do Espaço”, moderada por João Fernandes, do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra. O LIP esteve representado por Nuno Castro, que falou sobre “O CERN e a Física de Partículas: desafios e oportunidades”, e Patrícia Gonçalves, com a comunicação “Da Física de Partículas para a Saúde, e até ao Espaço”.

A abertura da sessão esteve a cargo de David Santos, do Clube Ciência Viva do Agrupamento de Escolas de Sta. Maria da Feira, que apresentou o trabalho que está em desenvolver em conjunto com o colega Rafael Santos e que consiste na modelação de um gás monoatómico com uma aproximação à distribuição de Maxwell-Boltzmann. O trabalho, apresentado com notável desenvoltura, vai de vento em poupa, e os jovens admitem que não querem parar por aqui.

Passou-se em seguida às comunicações dos centros de investigação. Como já se adivinha, houve mais do que apenas Espaço nesta sessão, em que a relação próxima entre o infinitamente grande e o infinitamente pequeno, entre astrofísica e cosmologia, de um lado, e física de partículas, do outro, foi várias vezes posta em evidência.

Márcio Ferreira, do Centro de Física da Universidade de Coimbra, fez a ponte com a comunicação “Estrelas de neutrões, um laboratório de Física de Partículas”, em que falou de como estes objectos siderais ultra-densos nos permitem explorar a física das interações fortes (mais concretamente, o diagrama de fases da cromodinâmica quântica, ou QCD), construindo modelos e cenários que são depois comparados com as observações — por exemplo, de uma colisão de um binário de estrelas de neutrões.

Nuno Castro (LIP e Universidade do Minho) reforçou a ponte, agora em sentido contrário, começando por explicar como a compreensão do Universo avança quer olhando para o céu, nas grandes escalas, quer estudando os constituintes mais ínfimos da matéria em aceleradores de partículas. Depois de apresentados de forma breve o CERN e o LIP, seu parceiro de referência em Portugal, passou a descrever diferentes aspectos do impacto da física de partículas e do grande laboratório europeu: da internacionalização de empresas portuguesas à formação avançada de engenheiros, passando pela inovação tecnológica em áreas tão distintas como as engenharias civil, mecânica, electrotécnica e electrónica, as tecnologias da informação, a criogenia, a óptica ou a fotónica.

Patrícia Gonçalves (LIP e Instituto Superior Técnico) falou de aplicações concretas das tecnologias da física de partículas (da interacção da radiação com a matéria à construção de detectores e instrumentação, da aceleração de feixes de partículas ao desenvolvimento de software) às áreas da saúde e da exploração espacial. Enumerou ainda os diversos projectos de I&D desenvolvidos em colaboração com parceiros nacionais e internacionais, e por meio dos quais o LIP, como Laboratório Associado, procura maximizar o seu impacto na sociedade.

Seguiram-se duas apresentações de investigadores do Centro Multidisciplinar de Astrofísica (CENTRA). António Amorim (CENTRA e FCUL), na comunicação “Últimos resultados sobre o buraco negro no centro da galáxia”, falou-nos do projecto GRAVITY que estuda o buraco negro no centro da Via Láctea com quatro telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile. Mais uma vez, a relação com a física de partículas: um dos problemas do bem sucedido Modelo Padrão da física de partículas é a dificuldade em juntar-lhe a gravidade. O que torna interessante tudo o que nos permita compreender melhor a gravidade. Também de gravidade nos falou Guilherme Raposo (CENTRA), em “Explorar a gravidade forte com o GRIT (Gravitation in Técnico)”. E em especial de ondas gravitacionais, que inauguram uma nova era na astronomia observacional. A concluir a sessão, Francisco Lobo apresentou-nos o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) — o seu nascimento, organização e projectos actuais, visão para o futuro.

Foi uma sessão rica, que nos levou numa viagem às ciências do espaço e mais além.

Vídeo da sessão https://www.youtube.com/watch?v=KQ6-k3mD6NE

Vídeo e slides da sessão https://www.encontrociencia.pt/2022/?accao=sessoestematicas

 

 

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