Quem são as mulheres do LIP na experiência ATLAS do CERN? - um encontro de gerações
"O LIP celebrou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência com um evento inspirador que reuniu diferentes gerações de cientistas do grupo ATLAS"
Na passada terça-feira, 11 de fevereiro, o Auditório do TTC no LIP-Lisboa acolheu uma celebração especial do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, proclamado pela ONU para reconhecer e promover a igualdade de género na ciência.
Sob o tema "Quem são as mulheres do LIP na experiência ATLAS do CERN? - um encontro de gerações", o evento reuniu investigadoras de diferentes percursos e gerações que contribuíram e continuam a contribuir para um dos maiores projetos científicos do mundo: a experiência ATLAS no LHC do CERN.
A sessão contou com a participação de Amélia Maio (fundadora do grupo ATLAS no LIP), Patricia Conde Muiño (coordenadora do grupo ATLAS no LIP), Inês Ochoa (investigadora), Beatriz Pereira (estudante de doutoramento), Carolina Costa (estudante de mestrado) e Ana Henriques (ex-coordenadora do TileCal ATLAS no CERN). Estas mulheres partilharam as suas experiências, desafios e conquistas ao longo das suas carreiras científicas.
O encontro abordou não só os avanços científicos e tecnológicos alcançados, mas também as questões ligadas à igualdade de género e os desafios que as mulheres ainda enfrentam nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Segundo estatísticas globais, as mulheres representam apenas 33,3% dos investigadores no mundo, sendo fundamental promover a inclusão e diversidade neste campo.
Um momento particularmente marcante do evento foi a reflexão sobre o impacto da maternidade e da conciliação entre vida pessoal e profissional na carreira científica. As investigadoras partilharam os desafios de equilibrar responsabilidades familiares com a exigência de cargos de alta responsabilidade e ambição.
Além do debate enriquecedor, os participantes relembraram como a presença feminina na ciência tem evoluído ao longo das décadas. Nos anos 90, por exemplo, apenas 10% das investigadoras das colaborações do CERN eram mulheres. No entanto, os números têm vindo a crescer, e a participação feminina no LIP em algumas colaborações já ultrapassa os 40%.
O evento foi um espaço de partilha, inspiração e compromisso com a igualdade de oportunidades na ciência. A diversidade traz novas perspetivas, inovação e talento às comunidades científicas, e o LIP continua a trabalhar para fortalecer a presença das mulheres na investigação.
A celebração foi aberta a todo o público e teve transmissão online, permitindo que mais pessoas pudessem acompanhar este momento de reconhecimento e incentivo às futuras gerações de cientistas.